Caro Rui Rodrigues,
O seu texto (JORNAL PUBLICO 8 de Junho de 2008) noticia o lançamento, no dia 2 de Junho, do Concurso Público Internacional para construção do troço de bitola europeia de Caia ao Poceirão, com 167 km, o que me parece ter sido uma medida acertada e oportuna.
Diz, adicionalmente, que : " Foi anunciada, também, uma nova via convencional, só para mercadorias, Évora-Caia, com 92 km, paralela à via de AV, a ligar à rede existente em Évora e que fará parte da linha Sines-Évora-Elvas- Badajoz. ... esta nova linha será em bitola polivalente e nela será aplicada inicialmente só a bitola ibérica ...." .
Estas novas linhas parecem-me, de facto, um erro, mas, lendo o seu texto, vejo que elas não foram ainda decididas, mas unicamente anunciadas.
Penso que é necessário estudar muito seriamente as novas linhas do Alentejo antes de lançar um concurso irreversivel que nos faça gastar tempo e dinheiro com novas linhas que depois fiquem "às moscas". Não creio que nenhuma nova grande decisão sobre estes assuntos venha a ser tomada nos tempos mais próximos, pelo que me permito manter um razoavel optimismo.
Há, no entanto, uma questão, de que já falamos bastante, e em que creio ter sido o Rui Rodrigues o primeiro a chamar-me a atenção, que é a do prolongamento (com cerca de 12 a 15 km) da linha de Caia Poceirão até ao Pinhal Novo. Este prolongamento, com custos relativamente diminutos e que será certamente um dia feito, terá, como o Rui Rodrigues tem insistido, vantagens imediatas e muito significativas se for for feito nos tempos mais próximos. Os seus textos têm sido uteis para este efeito.
Penso que uma decisão do governo para o construir este prolongamento, ou pelo menos, para mandar fazer o seu estudo terá uma larga concordância nacional.
Tenho tentado chamar a atenção das Câmaras, nomeadamente as de Lisboa e Évora para este assunto e acredito que uma decisão sobre ele venha a ser tomada num prazo relativamente curto. Em qualquer caso, antes de outras decisões muito mais polémicas e que exigem estudos e ponderações muito mais complexas.
Com as melhores saudações
António Brotas
1 comentário:
ANTES:
“(…). O modo ferroviário da TTT por si só não será capaz de dinamizar a reconversão da área da Quimiparque, ou mesmo da península do Seixal, com vista à introdução de actividades inovadoras ou utilizadoras de novas tecnologias, SEMPRE MUITO DEPENDENTES DO MODO RODOVIÁRIO, SEJA QUANTO À MOBILIDADE DA NOVA POPULAÇÃO ACTIVA (POR RECICLAGEM DA POPULAÇÃO ACTIVA DA PENÍNSULA DE SETÚBAL, E PELA FORMAÇÃO DE NOVOS RECURSOS HUMANOS), SEJA QUANTO AO TRANSPORTE DOS PRODUTOS E EQUIPAMENTOS QUE UTILIZAM E PRODUZEM.”
(In Relatório da Comissão Independente para a componente rodoviária da TTT no corredor Chelas/Barreiro)
”(…)A AUSÊNCIA DE UMA TRAVESSIA RODOVIÁRIA que sirva directamente a península do Barreiro É CONSIDERADA MUITO NEGATIVA POR MANTER A SITUAÇÃO ACTUAL DE DESIGUALDADE NO ACESSO A LISBOA relativamente aos restantes centros urbanos do Arco Ribeirinho com efeitos daqui decorrentes E QUE A NOVA TRAVESSIA EM MODO FERROVIÁRIO NÃO PERMITE POR SI SÓ RESOLVER TOTALMENTE.(…)”
Câmara Municipal do Barreiro (2008) – “Nota técnica sobre a avaliação comparativa das alternativas de travessia ferroviária do Tejo, na Área Metropolitana de Lisboa”.
In:
LNEC - Proc. 0701/01/17036
DEPOIS:
“(...)
Objectivos Específicos
(…)
- Ordenar o território em articulação com um plano de mobilidade, de modo reduzir a dependência do transporte individual e promover a “mobilidade sustentável”;(…)”
In:
Plano De Urbanização Quimiparque e Área Envolvente
- Termos De Referência
http://www.cm-barreiro.pt/NR/rdonlyres/B91814CC-69D0-470A-9D3D-F1CB870818A3/0/PUQuimiparque.pdf
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